Bial, Rafifa e Fallen, em bate papo sobre esportes eletrônicos (Foto: Divulgação Globo)
O Conversa com Bial recebeu duas estrelas do e-sports (ou esportes eletrônicos) nacional nesta terça-feira, 21/8: Gabriel Toledo, o FalleN, e Rafael Fortes, o Rafifa
. O primeiro é um dos maiores jogadores da atualidade de Counter Strike. Eleito um dos 30 gamers mais influentes do mundo pela Forbes, FalleN conquistou vários prêmios ao redor do mundo. O segundo foi campeão brasileiro por duas vezes do jogo FIFA e se tornou o primeiro brasileiro a ser contratado por um time europeu para disputar outras competições, o Paris Saint Germain. Mas, afinal, eles são atletas? e-Sports é esporte? A dupla garante que sim:
"É esporte", afirmou FalleN.
"Se esporte é competição, e-Sports é esporte", resumiu Rafifa.
A dupla lembrou quando jogar video game deixou de ser um hobby e se tornou uma profissão:
"Foi, em 2009, quando recebi um convite para entrar em um time".
"O meu foi quando fui campeão pan-americano no ano passado".
Pesquisadora e colunista de um blog de esporte e tecnologia no jornal "O Globo", Maureen Flores
ressaltou a importância dessa definição para o incentivo da profissão Brasil:
"Não vejo motivo para eles não serem considerados atletas".
"A partir do momento em que for declarado esporte passa a se ter acesso às leis de incentivo fiscais".
O mercado de game tem se mostrado imune às crises econômicas. A previsão é de que em 2018 este mercado movimente 130 bilhões de dólares no mundo, 30% a mais do que o ano passado. Nos Estados Unidos, movimenta mais dinheiro que Hollywood. No Brasil, já são 75 milhões de consumidores. Maurren explica a importância dessa cadeia produtiva:
"Esses números estão relacionado a direito de transmissão, tickets de venda online, franquias, propaganda...".
"Isso é a ponta do iceberg. Por trás disso tem uma pujante indústria de serviços e um setor industrial em expansão. Você também já tem um nicho de mercado da qualidade ambiental do jogadores e da área de nutrição".
Eleito personalidade do ano pela e-Sports Industry Academy em 2016, FalleN, além de se dedicar ao seu time, é dono de empresas criadas para explorar produtos deste segmento - que vão de loja de periféricos a uma escola de games:
"Existem muito setores que dá para trabalhar".
"Comecei [minha escola] com 30 alunos na primeira turma e agora temos mais de 600 mil pessoas".
"Tudo que é feito demasiadamente em controle é ruim. O jogo está incluído nisso. Quando eu era mais novo, teve um momento que queria mais jogar do que fazer outra coisa. Ter alguém para te cobrar, ajuda. É fácil trocar outras coisas pelo game", ponderou Fallen.
FONTE: gshow.globo.com